A campainha do meu coração não foi feita pra você tocar e sair correndo.
domingo, 31 de março de 2013
sexta-feira, 29 de março de 2013
Talvez só eu que sinta, essa sensação de vergonha quando olhe nos meus olhos, e tento disfarçar, talvez só eu sinto algo diferente no ar quando me toca, talvez só eu tenho medo de te abraçar e não conseguir mais soltar, talvez eu esteja recusando o que sinto para não me machucar, talvez eu esteja deixando as coisas irem para que eu não venha te atrapalhar, talvez eu esteja sendo idiota, ou talvez nós estamos sendo completamente loucos, por deixar tudo como está.
__ Daniela Cardoso
domingo, 24 de março de 2013
sábado, 23 de março de 2013
“E eu quero que você venha cuidar de mim. Quero acordar e assim que abrir os olhos, ver você. Perceber o quanto sou feliz por ter você. Quero que me beije devagar, me segurando com força, e dizendo que ficaria assim até não poder mais. Quero uma vida leve e serena com você. Uma casa só nossa, um filme no frio, e até um cachorro. Quero que você me faça a pessoa mais feliz do mundo, pois eu também te farei se sentir do mesmo jeito. Quero bagunça na cozinha, a gente tentando preparar alguma coisa, e acabando no chão. Quero você, as coisas simples. Então fica. Quero viver esse amor, quero viver nessa vida.”
— | Cabana dos Sonhos. |
Quando dizíamos :: ''Nossa amizade será para sempre'' não quer dizer que só por estar separadas que tudo vai mudar, o para ''sempre'' significa que por mais separadas que estejamos, o sentimento continua ali, a saudade continua ali, a sensação de querer cuidar, de querer dá bronca, continua ali. Isso é o para ''sempre'', estar separadas e sentir bem pertinho quem já não pode mais estar. Algo tão forte que mesmo de longe dá vontade de dar uns ''tapas'' quando vê que faz algo errado, de querer ajudar a levantar quando cai, de querer abraçar quando precisa, de debochar e morrer de rir das palhaçadas. O pra sempre não acaba enquanto, pelo menos uma das pessoas, ainda guarda na memória e no peito a saudade. Mesmo que não se lembre do dia de hoje, eu gravei , 3 anos , é muita coisa pra pouco tempo, são muitas risadas, choradeiras, brigas, palhaçadas, abraços e ''eu te amo amiga'' pra um espaço de tempo tão pequeno. Passamos muitas coisas juntas, já choramos juntas, rimos muito também. Você ficou com as duas metades do quebra cabeça..e eu fiquei só com a saudade.
___ 3 anos.
sexta-feira, 22 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
“Quando eu era pequeno chorava de medo do infinito. Hoje aguento firme. A primeira sensação de que as coisas não tinham fim foi com os nomes. Quase desisti. Havia um sujeito surdo e mudo lá na rua e pensei que, se aquilo era possível, queria ser como ele.
(…)
A segunda sensação do infinito foi no sítio de um amigo do meu pai. A gente foi passar um fim de semana e deitei na beira da piscina à noite, de barriga pra cima. Nunca tinha visto um céu como aquele. Estavam todos bebendo e esqueceram de mim. Fiquei horas deitado lá. Dava pra sentir o espaço sem fim. Uma tremenda sensação de vazio e desamparo me deixou meio melancólica, mas se um dia tiver o azar de chegar à presidência do país faço uma lei que obrigue cada cidadão a pelo menos uma vez no ano ficar horas deitado olhando o céu estrelado.”
(…)
A segunda sensação do infinito foi no sítio de um amigo do meu pai. A gente foi passar um fim de semana e deitei na beira da piscina à noite, de barriga pra cima. Nunca tinha visto um céu como aquele. Estavam todos bebendo e esqueceram de mim. Fiquei horas deitado lá. Dava pra sentir o espaço sem fim. Uma tremenda sensação de vazio e desamparo me deixou meio melancólica, mas se um dia tiver o azar de chegar à presidência do país faço uma lei que obrigue cada cidadão a pelo menos uma vez no ano ficar horas deitado olhando o céu estrelado.”
— | Manual De Sobrevivência Familiar |
“Acordei com o objetivo de ignorar tudo aquilo que me tira o sono. Até tomei um chocolate quente, mamãe dizia que quando eu era criança isso me fazia ficar feliz, tentei. Fiz cachos no cabelo, usei um perfume novo e joguei o meu antigo fora. Resolvi que queria clarear minhas luzes e usar batom vermelho. Pintei minhas unhas de cor de rosa, e não mais de preto. Resolvi bloquear os sentimentos e assistir uma série de TV nova, e não procurei pela série de suspense que me fazia lembrar o que não faz bem lembrar, muito menos da melhor amiga que antes sabia até de quantas vezes eu comi chocolate no dia. Aprendi que na indecisão você deixa algumas coisas passar, perdi meu chão. Perdi minha estrutura, talvez me apeguei tanto que eu me esqueci que não se pode confiar toda sua vida nas mãos de uma só pessoa. Foi uma facada nas costas, estava tudo tão evidente aos meus olhos, mas meu coração nunca acreditara nisso, nunca acreditei que pudesse ter um fim, nem que fosse dessa forma, melhor amiga. Vi-me acompanhada da solidão, por todos os lados, até falei com a minha mãe depois de muitas lágrimas derramadas no travesseiro do velho quartinho, resolvi que se tem alguém em quem eu posso confiar de olhos fechados, é minha rainha. Prometi que isso não me faria mal, jurei que não era egoísta a esse ponto. Deixei que a felicidade invadisse o coração de quem eu quero bem, mas isso não significa que eu estava feliz. Pelo contrário, me sacrificara para não deixar que a grama do vizinho me afetasse. Resolvi que passar minhas noites de solidão com filmes de romance, brigadeiro e melancolia seria melhor do que incomodar a felicidade de alguém. Só queria dormir eternamente, sem volta, insensível a qualquer coisa, pra não ter que acordar todos os dias com o objetivo de ignorar tudo que me tira o sono, sem sucesso.”
— | en-ds. |
quarta-feira, 20 de março de 2013
“Ela era nostalgia. Menina pequena de sonhos grandes. Seus olhos exibiam a beleza de todas as primaveras que vivenciou, de todas que amou. Ela era o amor, e era também o medo de amar. Mas aqueles lábios diziam não ter medo de nada e eu já hipnotizado acreditava. Ela só gostava do jeito calmo que a banda tocava. Seus cabelos negros as vezes presos em um coque eram tão belos quanto soltos a chicotear em suas bochechas, mas quando soltos exibiam a pureza e ingenuidade que seus olhos escondiam. Ela era como um enigma que se resolvia sozinho, independente, mulher dela só. Seu corpo era como uma escultura perdida, uma poesia sem escritor, uma pintura sem pintor. Sua pele branca marcava o colar que suas clavículas formavam, os ossos de seus finos quadris e seus joelhos delicados. Ela era como uma fotografia desfocada de um fotógrafo amador, e que mesmo assim era a mais bela. Tão bela e distante como uma constelação recém nascida no céu. Mas ninguém a viu nascer, ninguém ouviu seu assobio que envolvia as estrelas menores. Aquela menina era grande demais pro meu coração, por isso foi morar no céu. Foi sem partir, foi sem mais rir. Sua risada era meu jeito favorito da banda tocar, mas agora só há silêncio. Eu sinto falta dos gritos de seus mistérios, de seus olhos, de seus segredos e lábios. Eu sinto falta da menina que conheci, da mulher que vi partir. E agora eu a escrevo mesmo sabendo que seus olhos não pertencem mais a mim. Assim como seu coração, que nunca pertenceu.”
__ Campos
terça-feira, 19 de março de 2013
“Meu maior medo é
viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para
se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em
me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é
ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço
em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer
diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê
enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento.
Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os
programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me
calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite
para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não
conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher
um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família,
que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música,
entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo.”
—
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Fabrício Carpinejar
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segunda-feira, 18 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
E não há porque continuar aqui, parada no mesmo lugar tentando partir e mesmo assim voltar sem ter pra onde ir. Não é fácil viver sem você. Não é fácil conviver com a saudade batendo na minha porta todos os dias, por mais que eu tente, você não sai de mim, o pior é ver e não poder ter. É olhar e não conseguir se reerguer, o que parece ser só um passatempo para algumas pessoas significa a vida toda. Envelheci e continuo sem historias pra contar, um conto sem meio e fim. Tem momentos que a gente chora por estar com o sufoco em torno do pescoço e mesmo assim não tem ninguém para ouvir. Abri meu coração, coloquei-me ao seus pés e você me pisoteou, me machucou e mesmo assim eu tola, continuo aqui parada no mesmo dia que te conheci.
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